(Carlos Eduardo)
A série de palestras promovida pela Cátedra da PUC no âmbito do curso “A Produção do Livro” atingiu seu ápice – até o presente momento – com a presença de três representantes do mercado editorial no último dia 06 de maio.
Com bom humor e uma certa intimidade, o jornalista e autor Domingos Meirelles, a revisora Fátima Barbosa e a designer e artista plástica Sandra Pinta expuseram certos meandros do mercado; principalmente no que tange à criação do livro como produto.
“Cuidado” parece ser a palavra de ordem na exposição de Meirelles em relação ao processo de criação de um livro; do “descobrimento” do tema às demais manipulações da obra, passando por obstáculos ou boas surpresas, tais como a cadência de cada capítulo, a via crucis da pesquisa, e os desdobramentos da escolha da capa. Mesmo com boas tiragens de seus dois livros – “A Noite das Grandes Fogueiras” e “1930” –, o próprio autor argumenta que aqueles palestrantes são “profissionais que fogem da média”.
Em tom apaixonado, Fátima Barbosa concorda com o aspecto traiçoeiro do mercado editorial, e enfatiza que a árdua “carpintaria” do texto trabalhada na função do revisor não raro é mal entendida tanto pelo público quanto por profissionais do meio.
Sandra Pinta, por sua vez, destaca o exercício de adequação, sedução e emoção, além da busca de um conceito (“50% do trabalho”, segundo ela) para a capa. Nem sempre a parte técnica corresponde ao gosto pessoal.
A julgar pelo agradável debate entre as partes, o mercado editorial ainda tem lá suas armadilhas.
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