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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Livro eletrônico ou livro de papel?

Há quem já tenha decretado o fim dos livros de papel por conta do advento dos leitores eletrônicos – Kindle, Sony Reader, iPad e outros. Sabemos que a maior vantagem destes é a possibilidade de carregar em um único aparelho milhares de livros. Por outro lado, há os que não abrem mãos de suas obras impressas. A verdade é que os livros nunca foram tão ameaçados quanto agora.

A Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, recebeu na terça-feira, dia 13, o economista Fábio Sá Earp, para uma palestra aos alunos do curso, A Produção do Livro: do autor ao leitor, na qual explicou sobre a economia da cadeia produtiva do livro.

Já Antônio Laskos, da SNEL (Sindicato Nacional de Editores de Livros) participou na quinta-feira, 15, onde falou num tom bem otimista que a pesquisa de mercado é fundamental. Sobre a leitura digital, ele afirmou que os leitores terão uma opção a mais para trabalhar, escolherão entre o livro ou o iPad. Laskos acredita que a tecnologia não será nunca contra a informação.

Entre tantos palestrantes que expõem suas opiniões, há os que dizem que esse “Negócio do Livro” não é lá tão lucrativo, enquanto outros afirmam categoricamente: “esse mercado dá é dinheiro”. Ficam algumas indagações para alguém como eu que futuramente pretende ser uma editora. De fato, faltam mais esclarecimentos.

As opiniões se divergem quanto se o livro tradicional irá acabar ou não, mas é bem verdade que se isso for acontecer vai demorar – e tenho esperança que vai demorar mesmo – não que eu esteja totalmente contra o livro eletrônico, mas ainda prefiro ler o meu livro, sentir o seu cheiro, ficar por horas sentada lendo e lendo. Quero ler e continuar a imaginar, não quero que a tecnologia faça isso por mim, no que depender de mim ainda vou resistir a essa tecnologia, embora, claro, eu ache que como uma futura editora tenho que me adequar a essa nova mídia.

Na época de estudante de jornalismo, muitos especialistas da área previam que a tecnologia digital colocaria fim ao jornal de papel quando na verdade os fiéis leitores do jornal impresso não desapareceram; eles diminuíram, mas não ao ponto de acabar com o jornal impresso o que vinha sendo muito discutido desde a expansão da internet nos anos 90. A televisão também não acabou com o cinema nem com o rádio. Os meios tendem a conviver.

Por isso acredito que o livro tradicional não vai acabar mesmo com todas essas vantagens do livro digital. Prefiro ficar com o meu livro de papel.

* Mônica Ferreira é jornalista, futura editora e aluna do curso de pós-graduação: A Produção do Livro: do autor ao leitor da PUC-Rio.

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