(Simone Bassani*)
O mercado editorial
mundial despertou (ou levou um susto) para a nova era com o aparecimento do último lançamento da Apple, o iPad. Criado para ser um computador portátil, com finalidade de ser leitor digital, o aparelho cumpre a função com alta tecnologia e desperta a imaginação e magia de crianças e adultos pela perfeição da resolução das imagens de ilustrações de títulos infantis (caso de Alice no País das Maravilhas, clássico do escritor Lewis Carroll e do ilustrador John Tenniel, de 1865. Um pequeno vídeo no Youtube faz uma demonstração - http://migre.me/xHlm), e por consequência, deixa "no chileno" os outros eReaders que já circulam no mercado - o Kindle da Amazon e o Sony Reader.
As editoras estão modificando a política de trabalho na intenção de ter uma adequação nesse novo mercado. Porém, nem grande parte da população brasileira tem acesso aos leitores digitais já existentes, quem dirá o iPad. Com pouquíssimos títulos publicados em língua portuguesa, esses aparelhos não estão disponíveis no "mercadão popular". Nos Estados Unisdos e em quase todos os países do continente europeu, os eReaders convivem em harmonia com o livro de papel.
O mercado editorial

As editoras estão modificando a política de trabalho na intenção de ter uma adequação nesse novo mercado. Porém, nem grande parte da população brasileira tem acesso aos leitores digitais já existentes, quem dirá o iPad. Com pouquíssimos títulos publicados em língua portuguesa, esses aparelhos não estão disponíveis no "mercadão popular". Nos Estados Unisdos e em quase todos os países do continente europeu, os eReaders convivem em harmonia com o livro de papel.
Caros e vendidos em dólar, eles são quase uma raridade para a realidade do brasileiro, que sequer tem poder aquisitivo para ser um comprador assíduo de livros de papel. Existem prós e contras para a entrada do livro digital no Brasil. A diferença entre o a papel e o pixel divide a opinião de leigos e especialistas no assunto. O livro de papel leva consigo o romantismo de apaixonados que cultuam o prazer de escolher com calma os títulos em uma enorme livraria, por exemplo. Ou ainda o cheiro das páginas e pequenos detalhes e marcações que o leitor faz como todo o cuidado para não amassar as folhas. Intitulada como a primeira eBook Store do país, a editora Gato Sabido entrou de cabeça no universo dos livros digitais. Além de títulos em inglês e português, vende eReaders da marca COOL-ER em diversas cores, com preços que variam de R$ 750 a R$ 780 reais. (Para mais informações, o site da editora é http://www.gatosabido.com.br/).
Esse mercado de livros digitais é recém-nascido no nosso país que tem pouco mais de 500 anos. Nesse tempo, a máquina de escrever, clássica nas redações de jornal, deu espaço ao computador. O mesmo não acontece com o rádio, que, com o aparecimento da televisão, encontrou o seu público e sua maneira de sobreviver à era da imagem. Aí veio a internet, que apenas complementa o mundo da informação, encurta distâncias e aproxima diferenças, sendo considerada, junto com o celular, uma das maiores e melhores invenções de todos os tempos. Resta saber como será a revolução do livro. Só o tempo e o espaço, e principalmente a população, permitirão que essa transformação se concretize, dando ao mercado terá a resposta da pergunta do futuro: "Será o fim do livro de papel?"
*Simone Bassani é jornalista e aluna do curso de pós-graduação de "Produção do Livro: do autor ao leitor" da PUC-Rio.
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