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terça-feira, 28 de setembro de 2010
O melhor de dois mundos - livro e gastronomia
http://www.youtube.com/watch?v=OBc5n9lwDgM
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Conferência: O dinheiro e as letras – História do capitalismo editorial
Horário: 10horas
Local: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Auditório Ferdinand Braudel – USP
domingo, 11 de julho de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
“Não é assim, meu amor...”
A série de palestras promovida pela Cátedra da PUC no âmbito do curso “A Produção do Livro” atingiu seu ápice – até o presente momento – com a presença de três representantes do mercado editorial no último dia 06 de maio.
Com bom humor e uma certa intimidade, o jornalista e autor Domingos Meirelles, a revisora Fátima Barbosa e a designer e artista plástica Sandra Pinta expuseram certos meandros do mercado; principalmente no que tange à criação do livro como produto.
“Cuidado” parece ser a palavra de ordem na exposição de Meirelles em relação ao processo de criação de um livro; do “descobrimento” do tema às demais manipulações da obra, passando por obstáculos ou boas surpresas, tais como a cadência de cada capítulo, a via crucis da pesquisa, e os desdobramentos da escolha da capa. Mesmo com boas tiragens de seus dois livros – “A Noite das Grandes Fogueiras” e “1930” –, o próprio autor argumenta que aqueles palestrantes são “profissionais que fogem da média”.
Em tom apaixonado, Fátima Barbosa concorda com o aspecto traiçoeiro do mercado editorial, e enfatiza que a árdua “carpintaria” do texto trabalhada na função do revisor não raro é mal entendida tanto pelo público quanto por profissionais do meio.
Sandra Pinta, por sua vez, destaca o exercício de adequação, sedução e emoção, além da busca de um conceito (“50% do trabalho”, segundo ela) para a capa. Nem sempre a parte técnica corresponde ao gosto pessoal.
A julgar pelo agradável debate entre as partes, o mercado editorial ainda tem lá suas armadilhas.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
A experiência conta
terça-feira, 4 de maio de 2010
Três profissionais do livro e dois dedos de prosa
Fortunato é herdeiro de um certo jornalismo literário da saudosa revista Realidade (que por sua vez agregava profissionais querendo experimentar abaixo da linha do Equador o que Gay Talese, Tom Wolfe e Truman Capote já haviam consagrado como Novo Jornalismo nos EUA na década de 1950 e início da década de 1960). Profissional experiente, passou pela mídia impressa e televisiva, imprimindo autoria bem particular na construção de sua trajetória. Como autor, mostrou-se diferenciado pela preocupação com o processo de produção do livro, algo não muito comum entre os escritores. Cuidados como o ponto de vista da narrativa, as escolhas para construir verossimilhança, e, mais que isso, seduzir o leitor, são constantes no que se pôde verificar em sua fala. Não tive dúvida de que estava diante de um verdadeiro profissional do livro. Nenhuma ingenuidade. Que mal há, afinal, em aliar competência, estilo e, por que não, uma maneira de seduzir desde as primeiras linhas o leitor? Se se escreve um livro, ele deve ser lido! Vendido, pois!
Palmas para o Fortunato, aprendamos com ele.
Abrantes me assusta. São mais de 30 anos trabalhando com revisão de livros, seja metendo a mão na massa seja cuidando para que outros, sob sua supervisão, o façam. Sua fala parece ser desajustada com seu pensamento, pouco se compreende daquilo que parece formular. Sua fala claudica porque seu pensamento parece claudicar. Será alguma espécie de afasia, será nervosismo por falar em público? As duas coisas? Nenhuma das duas? O que seria aquilo afinal? Um breve encontro foi muito pouco para saber ao certo o quereria dizer aquela profissional que, certamente, tem competência. Ninguém ficaria tanto tempo no mercado, se incompetente fosse. Mas, o certo, é que, pelo que ela conseguiu mostrar no desempenho da sua fala, a decepção foi minha. Fiquei pensando naquilo que tanto ela, saudosa, se ressentia nos leitores contemporâneos: “Os leitores eram contemplativos!” Será que de tão contemplativa, Abrantes tem dificuldade de intervir no biopsicossocial do mundo? Se for esse o caso, não será o caso de se ter o cuidado de não a convidar para encontros como esse? O tetê-à-tête talvez seja o segredo. Serei obrigado, provisoriamente, a me contentar com o mistério.
Müller é uma profissional experiente. Conhece o seu métier. Sabe de suas limitações, e tira partido disso. Estabelece caminhos variados para desenvolver seus projetos gráficos. Parece transitar habilidosamente pelos cômodos nem sempre confortáveis em que habitam os partícipes da produção editorial. Gostaria de, sem nenhuma dúvida, conhecer mais profissionais desse calibre.
* As personagens do texto aparecem sob pseudônimo, por conta de juízos de valor apontados, aqui e ali, desfavoráveis. São-me caras, em vez disso, as reflexões que podem ser feitas sobre as falas por elas produzidas.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Um breve negócio de ideias sobre o negócio do livro
domingo, 25 de abril de 2010
O Livro e o leitor
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Em meio às incertezas, as possibilidades
Impressões sobre a palestra do economista Fábio Sá Earp
Cátedra UNESCO de Leitura PUC - Rio
Aluno: Sérgio França, turma 2009.2
Módulo: O negócio do Livro – prof. Elisângela Alves
O que é o livro no Brasil?
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Livro eletrônico ou livro de papel?
A Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, recebeu na terça-feira, dia 13, o economista Fábio Sá Earp, para uma palestra aos alunos do curso, A Produção do Livro: do autor ao leitor, na qual explicou sobre a economia da cadeia produtiva do livro.
Já Antônio Laskos, da SNEL (Sindicato Nacional de Editores de Livros) participou na quinta-feira, 15, onde falou num tom bem otimista que a pesquisa de mercado é fundamental. Sobre a leitura digital, ele afirmou que os leitores terão uma opção a mais para trabalhar, escolherão entre o livro ou o iPad. Laskos acredita que a tecnologia não será nunca contra a informação.
Entre tantos palestrantes que expõem suas opiniões, há os que dizem que esse “Negócio do Livro” não é lá tão lucrativo, enquanto outros afirmam categoricamente: “esse mercado dá é dinheiro”. Ficam algumas indagações para alguém como eu que futuramente pretende ser uma editora. De fato, faltam mais esclarecimentos.
As opiniões se divergem quanto se o livro tradicional irá acabar ou não, mas é bem verdade que se isso for acontecer vai demorar – e tenho esperança que vai demorar mesmo – não que eu esteja totalmente contra o livro eletrônico, mas ainda prefiro ler o meu livro, sentir o seu cheiro, ficar por horas sentada lendo e lendo. Quero ler e continuar a imaginar, não quero que a tecnologia faça isso por mim, no que depender de mim ainda vou resistir a essa tecnologia, embora, claro, eu ache que como uma futura editora tenho que me adequar a essa nova mídia.
Na época de estudante de jornalismo, muitos especialistas da área previam que a tecnologia digital colocaria fim ao jornal de papel quando na verdade os fiéis leitores do jornal impresso não desapareceram; eles diminuíram, mas não ao ponto de acabar com o jornal impresso o que vinha sendo muito discutido desde a expansão da internet nos anos 90. A televisão também não acabou com o cinema nem com o rádio. Os meios tendem a conviver.
Por isso acredito que o livro tradicional não vai acabar mesmo com todas essas vantagens do livro digital. Prefiro ficar com o meu livro de papel.
* Mônica Ferreira é jornalista, futura editora e aluna do curso de pós-graduação: A Produção do Livro: do autor ao leitor da PUC-Rio.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
O livro e as novas tecnologias: uma opinião otimista
A história nos mostra que quando as novas tecnologias chegam, são para ficar. Não há como escolher se a queremos ou não, se vamos permanecer com os velhos métodos ou aderir aos novos, somos invadidos por elas. Podemos, particularmente, escolhermos não usar uma delas, como um telefone celular, por exemplo. Mas não há dúvidas que ele invadiu as nossas vidas, dominando a vida profissional e pessoal, de adultos e de crianças. E até salvando vidas, ao ser usado por um pedreiro que caiu de um precipício em São Paulo para chamar os bombeiros ou por um homem nos escombros do World Trade Center para dar sua localização exata. Então, querendo ou não, vamos ter que usá-lo um dia e até vamos agradecer por conseguirmos localizar um pessoa em algum momento difícil de nossas vidas.
Por isso, ao nos depararmos com essas novidades tecnológicas, não cabe a discussão sobre se elas são boas ou ruins, se substituem ou não tecnologias anteriores, como defende o filósofo estudioso do assunto Pierre Lèvy. Mas sim nos cabe pensar sobre que uso podemos fazer da invenção em questão.
Assim, em face aos iPad, Kindle, Sony Reader e demais aparelhos digitais de leitura que surgem cada vez mais rápida e aprimoradamente, por que pensarmos em se vai ser ou não o fim do livro? Temos que pensar, sim, em que formato vai ter o livro daqui por diante, de que maneira podemos aproveitar tais tecnologias para deixar o livro ainda mais atrativo e como essa nova forma de se transmitir informações vai interagir com a sociedade.
Pensando não como leitora, mas como profissional do mercado, não me assustam as novas perspectivas. A importância do editor, do revisor, do designer gráfico e de todos os demais profissionais que trabalham para a existência de um livro não tem relação direta com o formato no qual o mesmo é produzido. Todos esses trabalhadores continuarão a existir e a desempenhar seu papel fundamental no processo editorial. O surgimento dos computadores e, principalmente, dos softwares de diagramação, como o já obsoleto PageMaker, por exemplo, acabaram sim com os antigos ilustradores que faziam as páginas dos jornais por meio de um trabalho artesanal de corte e colagem de letras, blocos de texto e figuras. Mas também criou novos designers, ou modernizou os que conseguiram se adaptar às novas tecnologias, contribuindo para a evolução do conceito de diagramação existente até então. Assim, o trabalho do diagramador em um jornal sempre existiu e continua a existir, o que mudou foram as ferramentas utilizadas e a forma de se fazer o trabalho.
Por isso, acredito que pensar no fim do livro é uma questão de menor relevância no momento atual. Pode ser que ele acabe sim, da forma como o vemos hoje, e é muito provável que sim. Mas, quando chegar essa hora, talvez já nem nos importemos mais. Ou talvez quem veja esse fim não sejamos nós, mas sim nossos descendentes, já tão acostumados aos novos meios que nem perceberão o fim do livro. Afinal, depois que o aparelho de DVD foi lançado e barateado a ponto de todos poderem adquiri-lo, ninguém lamentou o fim do videocassete... O importante mesmo é que tanto os profissionais do livro como os leitores não ficarão desprovidos do mundo mágico das letras. Com certeza encontraremos diversas maneiras de produzir, vender, garantir direitos autorais e sanar todas as demais preocupações que enchem nossas cabeças atualmente, sem abrir mão desse instrumento transportador de sonhos, ideias, saberes e conhecimento que é o livro.
* Jornalista, editora e revisora de livros, e pretensa futura escritora
(para o módulo O Negócio do Livro, do curso de pós-graduação A Produção do Livro: do autor ao leitor)
terça-feira, 20 de abril de 2010
Duas palestras e um autor sem voz
Na semana passada, a Cátedra da PUC recebeu dois representantes – Fábio Sá Earp e Antonio Laskos – na tentativa de melhor explicar o chamado “negócio do livro”. Earp e Laskos expuseram prós e contras de um universo que, até segunda ordem, é para poucos; o que não deixa de ter um quê de contradição quando pensamos em livros e cultura em geral como elementos originalmente gratuitos e básicos para a evolução de uma pessoa, um grupo ou uma sociedade.
Esqueçam o lado romântico. É um negócio, tão lucrativo ou espinhoso quanto abrir uma academia de ioga, uma banquinha de sucrilhos ou vender armas para o Talibã. Possui índices, cotações, está sujeito a crises e picos de expansão, ações e reações de governos, e certamente reza pela cartilha segundo a qual não existe almoço grátis (lá em casa, aliás, existe, mas certamente não para a maioria dos editores tupiniquins e estrangeiros...).
Dirá o autor: “Malditos sejam esses economistas, estatísticos e seus números!!! Eu quero publicar meu livro porque eu gosto de escrever! Eu quero ter um dilúvio de feedbacks e um maelström de críticas quando meu livro for publicado!!!”. Que pena. É um negócio, e não uma casa de caridade. Apesar de editores e demais profissionais do setor terem afinidade (i.e. tino comercial) com os mais dispares autores – sejam estes magos-arroz-de-festa ou adolescentes-ratos-de-shopping –, tiros no escuro estão proibidos. Na melhor das hipóteses, reze para que o governo compre seus livros.
De fato, mui chateado ficará o autor ao saber que boa parte dos lucros de muitas editoras termina contabilizada em gastos “pessoais” do editor, aumentando a imagem daquilo que se convencionou chamar “executivo-editor”, uma espécie de Roberto Justus versão livreiro. Pior: um executivo que não raro choraminga por causa de alguma crise do mercado mas que, por uma dessas matemáticas da economia globalizada, não vai parar numa pensão de quinta no Centro.
Ao analisar o que foi dito por Earp e Laskos, este vosso humilde escriba tem a impressão de estar no filme “Um Lobisomem Americano em Londres”, de John Landis. Mais precisamente na cena em que os dois protagonistas perambulam por um campo nebuloso à noite, sem noção de onde estão ou do que os rodeia. Mas certos de que boa coisa não é.
* Carlos Eduardo Ferreira Guimarães é jornalista, escritor e aluno do curso de "Produção Editorial", pós-graduação da PUC-Rio.
Cadeia produtiva do livro: pessimismo, otimismo e ocultamentos
Na fala dos dois, ocultamentos precisam ser preservados. No discurso pessimista de Earp revelou-se por provocação da assistência uma informação envergonhada. As retiradas são contabilizadas como despesas e não como lucro, que, em regra, quase não existe! Será preciso passar-se por setor frágil para se manter no jogo do mercado? Ou a iniciativa privada brasileira faz o discurso conveniente ao interlocutor da vez, mesmo correndo o risco de mostrar-se contraditória? Em que momento a intervenção do Estado é interessante, em que momento é dispensável?
Laskos, por sua vez, quer oferecer otimismo. Parece ver o mercado como um cheque pré-datado, virtualmente potente, mas que, de fato, ainda vai acontecer. Somos o país do futuro afinal, e nesse discurso cabem promissoras tecnologias digitais, com recursos nunca antes pensados na história deste país! Bem, esse já é um outro discurso! Devemos sorrir para esse país do futuro, mas também deveríamos cuidar desse mercado ainda muito mal entendido dos livros impressos, em toda a sua cadeia produtiva. Tantos ocultamentos fazem-nos, alunos, especular que uma fração desse desconhecimento é conveniente para, pelo menos, parte de seus agentes. A História nos mostra que o Estado já cobriu dívidas de editoras, e ainda é um seu comprador de substância, para manter boa parte das editoras nacionais.
A falta de clareza de como funciona a cadeia produtiva do livro no Brasil constitui um problema para quem é novo e quer se estabelecer no mercado. As grandes empresas editoriais brasileiras passam também por uma reformulação. Algumas são compradas, parcial ou integralmente por multinacionais, sobretudo as espanholas. Outras ainda procuram manter-se encasteladas em suas rotinas, para que “o pulo do gato” não seja revelado, e seus privilégios (até quando?), de alguma maneira, sejam mantidos. Poucas parecem ter acordado para uma verdadeira modernização desse mercado, mas já capacitam seu material humano, além, claro, de investir em novas tecnologias. Tudo diferente disso concorre para uma miopia de mercado, que só o estagna em seu aparente conforto.
domingo, 18 de abril de 2010
A pergunta da vez
O mercado editorial

As editoras estão modificando a política de trabalho na intenção de ter uma adequação nesse novo mercado. Porém, nem grande parte da população brasileira tem acesso aos leitores digitais já existentes, quem dirá o iPad. Com pouquíssimos títulos publicados em língua portuguesa, esses aparelhos não estão disponíveis no "mercadão popular". Nos Estados Unisdos e em quase todos os países do continente europeu, os eReaders convivem em harmonia com o livro de papel.